No xadrez de Tite, rei, rainha, cavalo ou torre não decidem. O Coringa é a peça que desarticula os adversários do Flamengo desde a chegada do gaúcho. Bastou mexê-lo de lado para o Rubro-Negro ser letal e vencer o Clássico dos Milhões por 1 a 0.
Mexida surte efeito em menos de dois minutos
Contra o Cruzeiro (2×0), na estreia do treinador, o Flamengo era inferior ao adversário e começou a dominar as ações justamente quando Gerson deixou a esquerda do quadrado de meio-campo e foi para o outro lado. Tornou-se o dono do time, e o Rubro-Negro definiu a parada em cinco minutos.
Neste domingo, diante do Vasco, o caminho foi inverso. Aos 28 minutos da etapa final, Luiz Araújo substituiu Bruno Henrique e entrou pelo lado direito. Com isso, Gerson foi deslocado para a esquerda. O efeito foi imediato e decisivo.
Neste domingo, diante do Vasco, o caminho foi inverso. Aos 28 minutos da etapa final, Luiz Araújo substituiu Bruno Henrique e entrou pelo lado direito. Com isso, Gerson foi deslocado para a esquerda. O efeito foi imediato e decisivo.
Depois de Fabrício Bruno e Léo Pereira trocarem passes fazendo o Vasco balançar de um lado para o outro, Gerson recebeu de costas na linha lateral e se livrou do bote de Paulo Henrique com movimentos rápidos e dois toques na bola. Achou Thiago Maia, que esticou para Gabigol cruzar. Léo Pelé cortou, e o Coringa chegou na corrida para bater com força e derrubar o rival.
Gerson ficaria somente mais oito minutos em campo, mas também não precisava de mais tempo. Fizera o que dele se esperava como um “externo desequilibrante”.
Roteiro repetido na questão coletiva
Se Gerson foi pela segunda vez a figura de destaque, outra situação que se repetiu foi o início morno do Flamengo. Num início de muitas disputas e pouca bola no chão, o Vasco foi melhor. Aos 20 minutos de jogo, chegou a fazer 5 a 0 no placar de finalizações – Vegetti e Gabriel Pec pararam em Rossi nas melhores oportunidades.
Vasco cresce de novo, mas mexidas de Tite resolvem jogo
O texto começou pelo detalhamento do gol rubro-negro e com destaque para a mudança decisiva de Tite. Mas antes disso tudo acontecer é preciso destacar que o Vasco novamente foi superior no início do segundo tempo.
Nesse momento de pressão, Rossi, Fabrício Bruno e Thiago Maia foram fundamentais. O goleiro mostrou muita segurança e fez defesaça em cabeçada de Vegetti. O zagueiro conseguiu inúmeros cortes e mostrou o habitual ótimo tempo de bola. Maia, além de estar sempre em cima do lance, teve papel importante na construção.
Mais uma vez o Flamengo soube sofrer. Mas o sofrimento começaria a diminuir a partir das mexidas. Aos 18 minutos, Gabigol entrou no lugar de Pedro, que estava muito parado e errava tomadas de decisões.
O camisa 10 trouxe mais dinamismo e, como já relatado, seria figura importantíssima no gol. Deslocou-se da maneira correta para receber o passe de Thiago Maia e atacou o fundo para chegar com fôlego e cruzar na direção de Arrascaeta, que puxou a marcação. Apesar do corte parcial de Léo Pelé, Gerson definiu.