Figura maior dos grandes títulos da atual geração, Gabigol e o vermelho e preto se confundem hoje em dia. Mas os caminhos do camisa 10 e o Rubro-Negro não começaram a se cruzar em 2019. A estreia profissional de Gabriel Barbosa aconteceu em 26 de maio de 2013, pelo Santos. Alguém tem dúvida de quem seria o rival do então adolescente? O Flamengo, claro.
O jogo aconteceu no Mané Garrincha, mesmo palco do duelo desta quarta-feira, pela 31ª rodada do Brasileiro. Flamengo e Santos nunca mais se enfrentaram na capital federal.
Mas o jogo não foi marcante somente pelo nascimento de uma estrela. Se Gabigol, aos 16 anos, debutava, Neymar, de 21, despedia-se do Peixe. Hoje um jogador que vive eterno flerte com a torcida do Flamengo, o astro deixou o campo com a camisa rubro-negra que trocou com o zagueiro Renato Santos.
O duelo ficou no 0 a 0, mas Neymar sobrou em campo. Distribuiu dribles, foi o maior finalizador do jogo (seis vezes) e também terminou como o jogador que mais sofreu faltas (9 das marcadas a favor do Santos).
Em busca de espaço no Santos, atacante vira o “Gabigol do Flamengo”
Gabigol entrou aos 23 minutos do segundo, no lugar de Henrique. Vinha aí o novo Neymar? Perguntado se seria o substituto ideal para um ídolo que acabava de deixar uma torcida de coração partido, rechaçou e mirou a construção de uma própria história.
– Ninguém vai ser o novo Neymar. Ele é único no Santos. Eu quero procurar meu espaço, fazer gols e ajudar a equipe.
Gabigol conquistou seu espaço na história do Santos. Fez 84 gols, conquistou dois estaduais e faturou três artilharias da Copa do Brasil. As duas passagens pela Vila Belmiro lhe renderam status de ídolo, mas nada comparável ao que escreveu com a 9 do Flamengo às costas.