O RJ1 flagrou diversos policiais militares distraídos no celular enquanto faziam patrulhamentos em diversos bairros da cidade do Rio. A população diz que se sente insegura de andar com o celular na mão.
“Ultimamente tem muito roubo, tá perigoso, de verdade. Tem uns ‘trombadinhas’ que puxam e saem correndo”, afirma um montador de móveis.
Em bairros do Centro, Zona Sul e Norte, vários policiais usam o celular enquanto deveriam estar totalmente atentos à população. Como uma dupla de PMs, que um estava fora da viatura no telefone, enquanto o outro estava com a cabeça baixa dentro do veículo.
Alguns policiais acabam vulneráveis, como um que passou cerca de 20 minutos no telefone com as portas da viatura abertas e o fuzil apoiado no painel do carro.
O coronel aposentado e antropólogo Robson Rodrigues diz que o armamento “precisa ser protegido mais do que nunca”.
Agentes do Programa Segurança Presente também foram flagrados usando o aparelho durante o trabalho.
Em 2015, a PM tinha proibido o uso de celulares e tablets durante o policiamento ostensivo. Quem descumprisse a regra, poderia ser punido.
Especialistas dizem que a presença de policiais nas ruas tem dois objetivos: inibir criminosos e promover sensação de segurança para a população.
O povo, por sua vez, desaprova o uso dos celulares.
“Se gasta tempo estudando para concurso público para servir a população e não ficar no celular”, afirma Lucas Silveira.
Procurado, o Segurança Presente disse que o uso do celular se transformou em uma arma de combate à criminalidade, acelerando atendimentos aos chamados de urgência.
O uso, então, seria voltado para a atividade policial e o agente que for flagrado fazendo uso indevido será advertido e pode ser afastado do programa.