Amor. Espiritualidade. Fé. São as três palavras que Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, carrega no coração sobre a mãe, Dona Ivone, que faleceu em 2019 aos 83 anos. Homem de fé, o treinador cultiva o legado da mãe por todos os clubes que comanda, no Flamengo não seria diferente.
Em forma de homenagem, o Flamengo fez questão de surpreender o novo treinador nos primeiros dias no Ninho do Urubu e trazer à tona essa relação para dar início à Era Tite. Um terço nas cores rubro-negras foi entregue para o técnico, além de uma imagem de São Judas Tadeu – padroeiro do clube – e uma camisa com o nome de Dona Ivone.
Tite não escondeu a emoção ao receber a homenagem e, com a voz embargada, agradeceu. Logo depois, o técnico foi organizar um cantinho em sua sala no CT para colocar os presentes. O terço e a imagem de São Judas Tadeu estão expostos no novo local de trabalho.
A espiritualidade e a fé acompanham todos nós independentemente da situação. Eu tenho um legado da mãe que é a fé, e tenho o legado do pai que é o esporte. O esporte e a espiritualidade ficam ligados dentro de mim.
A fé
Esse é o legado de Dona Ivone para Tite. A relação com a religiosidade vem desde o nascimento, que aconteceu no salão da Igreja de São Braz, em Caxias do Sul. A espiritualidade ficou como herança e se tornou mais evidente nos tempos de Corinthians.
Tite é católico e devoto de Nossa Senhora Aparecida. O treinador montou um altar no centro de treinamento do Corinthians, onde rezava diariamente antes do início das atividades. Nos dias de jogos, a imagem da santa era levada ao vestiário. Ele também é devoto de São Jorge.
Quando não está viajando, Tite costuma ir semanalmente à missa. E quando está viajando a trabalho, o treinador exerce a fé da mesma maneira. Um exemplo aconteceu justamente na passagem pelo Corinthians durante o Mundial de Clubes, no Japão, em 2012.