Na manhã desta quinta (20), Gilberto Lins Presidente da EMAP – Empresa Maranhense de Administração Portuária e o Governador do Maranhão Carlos Brandão, receberam o Governador do Piauí Rafael Fonteles, e apresentaram as potencialidades do porto do Itaqui que segue sendo uma referência para o Brasil e o mundo e terá sua experiência replicada na implantação do Porto de Luís Correia, no Piauí. Um empreendimento que representa mais desenvolvimento para o Nordeste e todo o país.
Com mais de 50 anos de expertise em importações, exportações e constantes investimentos do Governo do Maranhão, o Porto do Itaqui é um dos portos públicos mais competitivos do mercado internacional, por causa das suas condições naturais favoráveis à atração de navios de grande porte, sua proximidade com os principais mercados e a infraestrutura moderna. Nesta quinta-feira (20), o governador Carlos Brandão recebeu o governador do Piauí, Rafael Fonteles, que veio conhecer Complexo Portuário do Maranhão.
O governador do Piauí, Rafael Fonteles, conheceu a operação do Porto do Itaqui e de Ponta da Madeira, terminal privativo administrado pela Vale. O objetivo da visita técnica foi conhecer a experiência do Maranhão, referência em todo o Brasil, para estabelecer como modelo um novo porto em Luís Correia, município do norte piauiense.
Durante a visita técnica o governador Carlos Brandão destacou a importância da vinda do governador piauiense ao Maranhão. “Rafael Fonteles veio conhecer a expertise do nosso estado nas operações portuárias de exportação e importação. Com isso, nós pudemos apresentar as potencialidades do Porto do Itaqui, os avanços que tivemos, além dos investimentos e inovações programadas para expandir ainda mais as nossas atividades. Digo sem dúvidas que o Itaqui é, hoje, o melhor porto público do Brasil”, ressaltou.
Rafael Fonteles ressaltou que o Piauí e o Maranhão são estados-irmãos, por isso, é fundamental conhecer o que está sendo feito no Porto do Itaqui. “Pudemos conhecer os terminais, os berços de atracação, tanto no Itaqui quanto no porto privado da Ponta da Madeira. Conhecendo os modelos de operação nós pudemos entender como foi o desenvolvimento deste projeto portuário gigantesco que tem o Maranhão e que gera tanto emprego, renda e desenvolvimento econômico”, afirmou.
O presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), que administra o Porto do Itaqui, Gilberto Lins, falou da importância da união dos dois estados. “Hoje, 90% de toda a soja produzida no Piauí é exportada por meio do Porto do Itaqui. Então, é muito importante a união e a parceria entre os dois estados. Essa visita técnica serve também para trocar experiências e reforçar essa parceria já existente, pois com isso podemos desenvolver ainda mais a Região Nordeste e o Arco Norte do Brasil”, informou.
Visita técnica
A visita técnica teve início no berço 99, preferencialmente dedicado à celulose. Em seguida, a comitiva seguiu para a Suzano, que exporta a celulose produzida em Imperatriz por meio do Porto do Itaqui para mercados como os Estados Unidos e Europa. A parada seguinte foi o berço 103 no qual os dois governadores puderam embarcar no navio graneleiro Panamá, que está atracado no local.
A embarcação transporta para o mercado chinês até 60 mil toneladas de soja produzidas em estados como o Maranhão e o Piauí. Esta operação é feita por meio do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). Somente em junho deste ano, mais de 2 milhões de toneladas de soja foram movimentadas no Porto do Itaqui e o volume total do período chegou a 3,4 milhões de toneladas de cargas, fazendo de junho um mês histórico para o porto.
Também no Itaqui, a comitiva visitou ainda um dos galpões de armazenamento de insumos para fertilizantes e de lá seguiu para o Terminal Ponta da Madeira, administrado pela Vale, que fez uma apresentação técnica das operações realizadas no local.
Porto do Itaqui
Em operação desde 1972, o Porto do Itaqui integra um complexo portuário instalado na área de influência da fronteira agrícola do MATOPIBA, que é a área formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia.
A eficiência multimodal é o fator decisivo para a competitividade do Porto do Itaqui. Suas conexões com importantes ferrovias e rodovias fazem do porto público maranhense um corredor logístico para o Centro-oeste do país.
O Porto do Itaqui tem conexão ferroviária direta com a Transnordestina e a Estrada de Ferro Carajás. Há ainda uma conexão indireta com a Ferrovia Norte-Sul, o que possibilita transportar graneis sólidos minerais e vegetais, além de combustíveis.
O novo corredor ferroviário do Arco Norte, que liga o Porto do Itaqui, em São Luís, no Maranhão, a Palmeirante, no Tocantins, é mais uma vantagem logística que o porto maranhense oferece, pois barateia os custos do transporte de fertilizantes, pois foi projetado para atender produtores situados em uma área que abrange os estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia e Piauí, além do Tocantins, Maranhão e do Distrito Federal.
Além disso, o canal de acesso às instalações portuárias do Itaqui faz dele o porto mais profundo do Brasil, tendo nove berços operacionais com profundidades que variam de 12 a 19 metros, permitindo a atracação de navios de grande porte. Outra vantagem é sua proximidade com os mercados americano e europeu.
O Porto do Itaqui tem vocação para movimentação de graneis sólidos e líquidos. Em 2022, o porto movimentou o maior volume de cargas de sua história. De janeiro a dezembro, foram exportadas 33,610 milhões de toneladas de cargas, com destaque para os granéis sólidos, com 23 milhões de toneladas movimentadas, o que representa uma alta 19% em relação ao ano anterior.