Garciano Lino Barbosa, suspeito de matar o entregador de comida Wellington Leão de Brito Júnior, de 17 anos, assumiu o crime. Segundo a polícia, ele alegou ‘legítima defesa’, mas todas as provas dizem o contrário.
O caso aconteceu na noite do último sábado (2), na BR-230, no perímetro urbano da cidade de Balsas. Segundo a polícia, o crime teria sido praticado após Wellington e Garciano terem se encontrado em uma rotatória.
Júnior foi morto com um tiro por um motorista que não gostou de receber uma ‘buzinada’, em Balsas — Foto: Arquivo pessoal
Conforme testemunhas, Garciano teria entrado errado na rotatória. Por causa disso, o piloto de uma motocicleta, com dois entregadores por aplicativo (incluindo Wellington), teria buzinado contra o motorista.
Irritado, Garciano decidiu perseguir a motocicleta, na qual Wellington estava na garupa. O motorista atirou contra os entregadores e Wellington acabou sendo atingido pelos disparos. Ele não resistiu a gravidade dos ferimentos e morreu no local. O motorista, Garciano, fugiu do local.
Em depoimento, após ser preso nesta terça-feira (5), Garciano disse à polícia que teria sido ofendido verbalmente e que os dois jovens teriam feito alguma menção de que poderiam se tornar violentos. Porém, a polícia garante que essa versão não se sustenta, pois até a namorada de Garciano, que estava com ele, desmente tudo.
“Já ouvimos até a namorada do Garciano, que estava com ele no carro. Ela disse que não viu nada de ofensa ou qualquer menção a violência por parte dos entregadores. O que suspeitamos é que o casal estava discutindo no carro e o Garciano poderia estar muito nervoso, estressado. Daí, ao ouvir a ‘buzinada’, teria sido a gota d’água pra ele simplesmente atirar contra eles. Algo muito frio”, declarou o delegado David Passada, que investiga o caso.