Enquanto itens industrializados — ultraprocessados, regados de açúcares, conservantes e substâncias químicas — têm potencial de piorar a inflamação, os alimentos naturais, ricos em fibras e nutrientes, contam com efeito oposto.
Evidências já demonstram que alguns ingredientes-chave podem controlar a inflamação, além de reduzir os riscos de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, câncer, hipertensão e outros.
Um contexto de alimentação saudável está vinculado a taxas mais baixas de doenças e níveis mais baixos de moléculas inflamatórias que circulam no sangue.
O padrão alimentar mediterrâneo é o principal modelo alimentar estudado quando o assunto é inflamação. Os indivíduos que vivem nessa região ostentam elevados padrões de saúde, em relação aos indivíduos que fazem uma dieta ocidental industrializada.
A alimentação mediterrânea é associada a menores riscos de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até problemas de saúde mental. Existem pesquisas, inclusive, que sugerem que esse padrão alimentar pode reduzir o risco de depressão em 33%.
A característica básica desse modelo alimentar não aborda apenas alimentos, como também a parte comportamental. O ato de almoçar à mesa todos os dias está envolvido, assim como o hábito de jantar mais cedo, até as 20h.
Além disso, a dieta é marcada por alimentos in natura ou minimamente processados. Comida de verdade é o verdadeiro segredo. Itens como castanhas, cereais integrais, azeite, iogurtes naturais e vegetais protagonizam a cena. Dessa forma, voltamos ao princípio básico citado pelo famoso Hipócrates, pai da medicina: “Faça do teu remédio o seu alimento e do seu alimento o seu remédio.”