O ex-deputado federal Waldir Maranhão (PSDB) oficializou na segunda-feira, 26, a desistência da sua candidatura a vereador de São Luís.
O tucano formalizou a saída da disputa em termo de renúncia já protocolado na Justiça Eleitoral, e confirmado pelo analista judiciário José Ribamar Gomes Júnior, da 3ª Zona Eleitoral da capital maranhense.
“CERTIFICO e dou fé, para os devidos fins, que WALDIR MARANHÃO CARDOSO, compareceu no Cartório Eleitoral da 3ª ZE em 26/08/2024, as 13:25 horas e, na forma do art. 69 da Res. TSE Nº 23.609/2019, assinou TERMO DE RENÚNICA que vai digitalizada no presentes autos na presença do servidor JOSÉ RIBAMAR GOMES JUNIOR, mat. 3099830”, atestou o servidor.
Ex-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Maranhão ganhou notoriedade nacional em 2015. Na ocasião, respondendo pela presidência da Casa, ele anulou a votação pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Mais de um ano depois, em entrevista ao Estadão, ele admitiu que comentou um “equívoco do ponto de vista político”. “Foi um equívoco do ponto de vista político, jamais do ponto de vista jurídico”, disse.
Derrotas
Waldir Maranhão voltaria às urnas após duas derrotas consecutivas. Em 2018, quando tentou se reeleger, obteve apenas 21.254 votos, e ficou de fora. Quatro anos depois, em 2022, o resultado foi ainda pior: 2.816 votos.
Nesta ocasião, teve que enfrentar um processo na Justiça Eleitoral para conseguir registrar sua candidatura, e só foi confirmado depois de a juíza Ana Maria Almeida Vieira, então titular da 6ª Vara da Fazenda Pública da Justiça do Maranhão, suspender acórdão do Tribunal de Consta do Estado do Maranhão (TCE-MA) que poderia torná-lo inelegível.
Maranhão teve contas relativas ao exercício financeiro de 2005, quando foi reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), julgadas irregulares pela Corte de contas, com aplicação de multa de mais de R$ 900 mil e imposição de débito de mais de R$ 9 milhões.