A Justiça do Maranhão, por meio da 1ª Central de Inquéritos e Custódia de São Luís, concedeu liberdade provisória ao comerciante, que teria sido alvo de uma tentativa de extorsão por parte de policiais militares, no bairro da Cidade Operária, na capital maranhense.
O caso aconteceu na noite de quarta-feira (22), quando três PMs do ‘velado’ estavam na Cidade Operária e teriam abordado o comerciante por suposto crime de tráfico de drogas. No entanto, os policiais teriam oferecido a oportunidade de liberar o homem, caso ele pagasse R$ 200 mil aos militares.
A mulher do comerciante denunciou o caso à polícia, e os PMs acabaram sendo presos por suspeita de extorsão. O comerciante também foi preso, em flagrante, pelo crime de tráfico de drogas, pois, de acordo com a Polícia Civil, foi encontrado 1kg de crack com ele.
No entanto, o caso será investigado, já que há suspeita de que a droga pode ter sido ‘plantada’ pelos militares.
Na audiência de custódia, o juiz auxiliar de Entrância Final, Milvan Gedeon Gomes, ouviu o comerciante e acatou o pedido da defesa do conduzido, que requereu pela concessão da liberdade provisória do autuado, mediante a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.
Segundo a decisão, o comerciante deve comparecer mensalmente na Central Integrada de Alternativas penais e Inclusão Social (CIAPIS), para informar e justificar suas atividades e, também, fica proibido de ausentar-se da comarca sem prévia autorização judicial e sem comunicação à autoridade do local.
Caso o investigado não cumpra as condições determinadas, ele poderá ter a sua prisão decretada.
SSP-MA investiga crime de extorsão
Sobre a denúncia de que o comerciante preso teria sido alvo de extorsão por parte dos PMs, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) afirmou repudiar a atitude dos policiais e que todos foram encaminhados para o presídio militar dentro do Comando Geral da PM, em São Luís .
A SSP-MA também informou que já determinou a “rigorosa apuração dos fatos no âmbito das policiais Civil e Militar” (veja, no final da matéria, a nota da SSP-MA).