Será lançado nesta terça-feira (14) em Imperatriz, às 14h, no Anfiteatro Ribamar Fiquene (Escola Paulo Freire) o Projeto Dignidade Menstrual, que vai garantir o acesso a absorventes às centenas de meninas e mulheres. A ação beneficiará especialmente estudantes de escolas públicas de baixa renda, pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade social extrema, além daquelas recolhidas no sistema penal e em medidas socioeducativas.
Com essa iniciativa, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), espera assegurar a dignidade e o bem-estar dessas pessoas, que muitas vezes enfrentam dificuldades para acessar produtos de higiene menstrual. Além disso, o programa contribui para a promoção da equidade de gênero e para a erradicação da pobreza menstrual.
“Nosso objetivo é garantir cuidados básicos de saúde e desenvolver meios para a inclusão das pessoas em ações e programas de proteção à saúde menstrual aqui na nossa cidade, pois temos uma realidade de vulnerabilidade social que não foge à realidade do Brasil como um todo. Com este projeto vamos promover o acesso a produtos de higiene e a outros itens necessários ao período da menstruação feminina, às pessoas que não tem condições financeiras para adquirir estes itens”, explicou a secretária de Saúde, Doralina Marques.
O coordenador da Atenção Primária, Emannuel Morais, explica que o projeto estabelece que poderão receber absorventes gratuitamente estudantes de baixa renda da rede pública de ensino estadual, municipal ou federal, que estejam registradas no CadÚnico. E que em Imperatriz a logística de distribuição do programa será definida a partir de um levantamento feito junto a programas e instituições que lidam com o público-alvo.
“Nesse primeiro momento faremos a distribuição para as estudantes matriculadas com idade a partir de nove anos e mulheres em situação de rua. Mas o projeto prevê a distribuição para meninas e mulheres de baixa capacidade financeira inscritas no CadÚnico com renda familiar per capita menor que R$200. Na próxima semana vamos começar fazer o cadastro dessas meninas a serem beneficiadas, fazendo busca ativa em parceria com as escolas e com o consultório na rua”, explicou Emannuel.
O projeto configura-se como extremante necessário a cidade, uma vez que o direito à higiene menstrual é uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Essa condição, influência na falta as aulas ou ao trabalho e facilita o surgimento de doenças e reflete na autoestima. Além disso, uma pessoa que não pode passar pelo período menstrual de forma adequada, tem sua dignidade violada.