Levantamento feito pela Folha de São Paulo, destacou que somente três, das 26 Assembleias Legislativas, são presididas por mulheres no Brasil.
A reportagem fez um destaque especial a Assembleia Legislativa do Maranhão, que é um dos parlamentos estaduais no Brasil sob o comando de uma deputada. Veja abaixo.
“No Maranhão, por sua vez, Iracema Vale (PSB) é quem comanda o Legislativo. Nascida na capital São Luís, filha de taxista e professora e mãe de dois filhos, ela atuou como enfermeira e funcionária pública federal. Na política partidária há três décadas, foi a deputada estadual mais votada do Maranhão em 2022, com 105 mil votos.
Liderança discreta sem o estilo ‘pé na porta’, que costuma caracterizar a maioria dos machões inchados, sentados nas cadeiras dos poderes vigentes, Iracema Vale foi eleita, por unanimidade, como presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA) para o biênio 2023/2024. Na segunda eleição, enfrentou a tentativa de tapetão da oposição ao Governo, que desgastou parte do mandato, sem que nenhuma linha tivesse sido postada sobre a misoginia que se processava nos bastidores.
Nos bastidores, Iracema era alvo dos mais variados comentários depreciativos sobre sua condição de mulher do interior pelos parlamentares ofendidos em seus currículos por serem presididos por ela.”
A reportagem lembrou ainda que Iracema é a primeira mulher maranhense a comandar a Assembleia Legislativa do Maranhão, que comemorou 190 anos em fevereiro deste ano.
Além do Maranhão, as outras duas Assembleias Legislativas comandadas por mulheres, são: Amapá – deputada Alliny Serrão (União) e Bahia – Ivana Bastos (PSD).
O levantamento demonstra a disparidade entre homens e mulheres na política brasileira, sobretudo nos cargos de liderança.